Estudantes enfrentam lama e abandono para chegar à escola na zona rural de Caroebe

Transporte escolar fica atolado na Vicinal 07, zona rural de Caroebe, dificultando o acesso de estudantes às escolas
Transporte escolar fica atolado em estrada vicinal e escancara o abandono da infraestrutura rural no interior de Roraima, mesmo em 2025

 

Em pleno 2025, estudantes da zona rural de Caroebe, município localizado no sul de Roraima, ainda enfrentam dificuldades extremas para exercer o direito à educação. Imagens divulgadas nas redes sociais nesta segunda-feira (16) mostram um ônibus escolar atolado na lama na Vicinal 07, um dos principais acessos utilizados por alunos para chegar até as unidades de ensino da região.

O vídeo, que rapidamente ganhou repercussão, escancara a realidade vivida por crianças e adolescentes do interior: o transporte escolar precário, a falta de infraestrutura viária e a negligência do poder público. A situação tem sido recorrente, especialmente no período de chuvas, quando as estradas de terra se tornam praticamente intransitáveis.

Segundo moradores da região, esse tipo de ocorrência é constante. “Muitas vezes, os estudantes chegam com horas de atraso, molhados, cansados. E há dias em que nem conseguem ir à escola. O ônibus simplesmente não passa ou fica atolado no meio do caminho”, relatou uma mãe de aluno que preferiu não se identificar.

A Vicinal 07 é uma das principais rotas escolares da zona rural de Caroebe. No entanto, a falta de manutenção periódica e o acúmulo de lama e buracos tornam o trajeto perigoso, tanto para os estudantes quanto para os motoristas dos veículos escolares. A ausência de infraestrutura afeta não apenas a educação, mas também o escoamento da produção agrícola e o acesso a serviços essenciais, como saúde.

Organizações da sociedade civil e lideranças comunitárias cobram providências imediatas. “É inadmissível que, em pleno 2025, ainda tenhamos crianças e jovens sendo impedidos de estudar por causa de lama e estradas destruídas. Essa é uma violação clara do direito à educação e à dignidade”, declarou um representante de associação local.

A Secretaria Municipal de Educação ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.

Enquanto isso, alunos e suas famílias continuam enfrentando o desafio diário de cruzar estradas intransitáveis para acessar a escola — um retrato de um Brasil que ainda convive com velhos problemas estruturais em pleno século XXI.

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