Defensoria investiga possível paralisação de cirurgias para pacientes com câncer no HGR

Defensoria investiga possível paralisação de cirurgias para pacientes com câncer no HGR
Grupo de Atuação Especial da Defensoria Pública de Roraima apura denúncia de suspensão de cirurgias no Hospital Geral de Roraima – Foto: ASCOM/DPE-RR
Grupo Especial cobra respostas do governo estadual e pode acionar a Justiça para garantir atendimento a pacientes com câncer.

 

A Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR) abriu uma investigação para apurar a suposta suspensão de cirurgias oncológicas no Hospital Geral de Roraima (HGR), principal unidade hospitalar do estado, administrada pelo governo estadual. A apuração está a cargo do Grupo de Atuação Especial da Defensoria (GAED), após denúncia que aponta falhas no acesso de pacientes com câncer a procedimentos cirúrgicos dentro do prazo estipulado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o defensor público Wagner Santos, integrante do GAED, a denúncia inicial foi veiculada pela imprensa, mas chegou à instituição com informações ainda insuficientes. Em resposta, a Defensoria solicitou esclarecimentos formais à Secretaria Estadual de Saúde (SESAU). Até o momento, a pasta não respondeu aos questionamentos dentro do prazo legal.

“Estamos tratando de uma situação urgente e sensível. O câncer não espera, e qualquer atraso pode custar vidas. A Defensoria vai agir se houver omissão do Estado”, afirmou Santos.

Caso a suspensão seja confirmada, o GAED já estuda medidas judiciais emergenciais, como ações com pedidos de tutela de urgência, além de recomendações administrativas e reuniões com gestores públicos. O objetivo é garantir o restabelecimento imediato dos procedimentos cirúrgicos para pacientes oncológicos.

A Defensoria lembra que o direito à saúde é garantido pela Constituição Federal, que impõe ao Estado o dever de assegurar acesso a tratamento adequado, contínuo e em tempo oportuno. A paralisação de cirurgias, se confirmada, também contraria o princípio do não retrocesso social, que proíbe a interrupção de serviços públicos essenciais.

Além do aspecto legal, a Defensoria destaca a urgência humanitária da situação. “Estamos diante de vidas em risco. A Defensoria Pública está vigilante e não hesitará em agir para proteger o cidadão”, reforçou o defensor.

A SESAU teve inicialmente um prazo de 10 dias para responder aos questionamentos, mas não o fez. Diante do silêncio, a Defensoria reiterou o pedido, concedendo novo prazo de cinco dias. Se não houver resposta, a instituição promete ações mais incisivas.

Atuação coletiva e proteção dos direitos

A DPE-RR atua de forma sistemática na proteção de direitos coletivos, especialmente de grupos vulneráveis. Em Roraima, duas frentes especializadas desempenham esse papel: o GAED (Grupo de Atuação Especial da Defensoria) e o Grupo de Direitos Humanos, ambos voltados à garantia de serviços públicos essenciais, como o atendimento oncológico, educação e moradia.

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