Condenado por estupro de indígena Yanomami é capturado pela Polícia Civil de Roraima

Polícia Civil prende condenado por estupro de mulher Yanomami em Boa Vista
Agentes da Polinter cumprem mandado de prisão contra condenado por estupro de mulher Yanomami em Boa Vista.
Homem de 57 anos foi capturado pela Polinter após condenação a quase 12 anos de prisão por crime cometido contra indígena Yanomami em 2023.

 

A Polícia Civil de Roraima cumpriu, nas primeiras horas desta quinta-feira (26), um mandado de prisão definitiva contra L.G.R.S., de 57 anos, condenado a 11 anos e 10 meses de reclusão pelo crime de estupro de vulnerável. A vítima é uma mulher indígena da etnia Yanomami, atacada brutalmente em abril de 2023. A prisão foi efetuada pela equipe da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), no bairro Asa Branca, zona oeste de Boa Vista.

Coordenada pelo delegado Alexandre Matos, a operação encerra uma etapa fundamental no processo judicial que responsabiliza L.G.R.S. por um dos crimes mais graves registrados nos últimos anos contra uma mulher indígena em situação de vulnerabilidade. O réu já havia sido julgado e condenado pela Vara de Crimes Contra Vulneráveis do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), que destacou a crueldade do ato e a impossibilidade de defesa da vítima.

O crime ocorreu no dia 5 de abril de 2023, em um terreno baldio no bairro Santa Teresa, quando a vítima, à época com 30 anos, foi surpreendida por dois homens que a puxaram com violência para a área isolada. As investigações apontam que os agressores rasgaram suas roupas e a violentaram fisicamente, inserindo os dedos em sua genitália enquanto ela gritava por ajuda. A ação só foi interrompida graças à intervenção de um funcionário da Casa de Apoio à Saúde Indígena (CASAI), que ouviu os gritos e, com apoio de populares, conseguiu conter os agressores até a chegada da Polícia Militar.

Ambos os acusados foram detidos em flagrante e denunciados pelo Ministério Público de Roraima (MPRR). Durante o processo, eles negaram a autoria dos abusos. Contudo, os relatos da vítima, testemunhas oculares e as provas técnicas reunidas foram considerados robustos e consistentes, sustentando a condenação definitiva.

A sentença também determinou o cumprimento imediato da pena em regime fechado e a inclusão dos réus no rol de culpados pela Justiça. Com o mandado de prisão em mãos, a equipe da Polinter realizou diligências até localizar L.G.R.S., que agora será apresentado em audiência de custódia nesta sexta-feira (27).

A Polícia Civil reforça seu compromisso com a proteção das populações indígenas e das mulheres em situação de vulnerabilidade, além do combate implacável à impunidade em crimes de natureza sexual.

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