Boa Vista Junina 2025 reúne 323 mil pessoas em seis noites de celebração popular

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Multidão celebra tradição no Boa Vista Junina, com recordes, cultura e fé no tablado
Com apresentações de quadrilhas, recorde de paçoca e valorização da cultura regional, festa se consolida como uma das maiores da Amazônia.

 

O que começou há 25 anos como um arraial local virou um fenômeno cultural que cresce a cada edição. Em 2025, o Boa Vista Junina bateu novo recorde de público, reunindo cerca de 323 mil pessoas durante seis noites de festa na Praça Fábio Marques Paracat. Entre danças, sabores e homenagens, o evento celebrou o orgulho roraimense de manter viva uma das maiores tradições do calendário nordestino.

A festa teve de tudo: arena lotada para o concurso de quadrilhas, a já tradicional Maior Paçoca do Mundo quebrando recordes, apresentações inclusivas e shows que misturaram talentos locais com grandes nomes da música nacional.

A essência do Boa Vista Junina está nas quadrilhas. Foram 24 grupos competindo nas categorias de Acesso e Especial, com espetáculos que misturaram fé, crítica social, identidade regional e emoção. O tablado deste ano levou o nome de Chiquinho Santos, figura histórica do evento, responsável pela revista Anarriê e atual diretor do concurso.

O título de campeã do Grupo Especial ficou com a quadrilha Eita Junino, que trouxe o tema “A Arte de quem vive da Fé”. Com uma apresentação emocionante sobre os artesãos de objetos religiosos, o grupo voltou ao topo após sete anos.

Pelo Grupo de Acesso, a vitória foi da quadrilha Filhos de Macunaíma, de Normandia. A apresentação homenageou o forrozeiro roraimense Zerbine Araújo, figura marcante da música local. A vitória garante ao grupo a promoção para a elite das quadrilhas no próximo ano.

Paçoca gigante, sabor de tradição

Um dos momentos mais esperados do evento foi a pesagem da Maior Paçoca do Mundo, que chegou a 1 tonelada e 547,5 quilos, superando o recorde anterior. A iguaria roraimense — feita com carne, farinha de mandioca e banana — foi distribuída gratuitamente a mais de **18 mil pessoas**, em porções generosas de 200g.

A diversidade de apresentações reforçou o caráter inclusivo do evento. Quadrilhas formadas por idosos, jovens e integrantes de projetos sociais dividiram o palco com o grupo folclórico Tribo Waikã, que levou a dança indígena ao centro do arraial.

Além das competições, mais de 30 artistas locais se apresentaram ao longo da programação, em shows que valorizaram o talento e a criatividade da terra. O encerramento ficou por conta da dupla Maiara & Maraisa, que subiu pela primeira vez ao palco de Boa Vista com repertório animado e casa cheia.

Economia criativa em movimento

A festa também gerou impacto econômico. Cerca de 180 empreendedores ocuparam barracas de comidas típicas, artesanato e outros produtos. Estima-se que o evento tenha movimentado 1.500 empregos diretos e mais de 5 mil indiretos, fortalecendo o setor informal e criativo do município.

A empreendedora Priscila Ramos, da marca Macuxi Criativa, comemorou o aumento nas vendas de camisetas temáticas. “As frases estampadas nas peças contam histórias do nosso povo de forma divertida. Foi uma chance de mostrar nosso trabalho para um público enorme”, disse.

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